Wednesday, April 25, 2012

Corpo Sub-reptício - Corpo Clandestino



SUB-REPTÍCIO (corpo clandestino)
projecto pensado por VERA MANTERO, ANA BORRALHO & JOÃO GALANTE, RITA NATÁLIO e JOCLÉCIO AZEVEDO

26 e 27 de Abril às 23h30 e 00h30
28 de Abril às 15h30, 16h30, 17h30 e 18h30
29 de Abril às 21h, 22h e 23h
AS APRESENTAÇÕES NO DIA 29, DIA MUNDIAL DA DANÇA, SERÃO DE ENTRADA GRÁTIS!!!

no sub-palco do São Luiz Teatro Municipal, LISBOA/PORTUGAL



SUB-REPTÍCIO (corpo clandestino)

O Artaud disse: “É preciso dar ao ser humano um corpo sem órgãos, só assim o libertaremos de todos os seus automatismos e o restituiremos à sua verdadeira liberdade. Voltaremos então a ensiná-lo a dançar do avesso e esse avesso será o seu verdadeiro direito”.

A Emma Goldman parece que disse: “Se eu não puder dançar na vossa revolução, então não vou”.

O Espinoza perguntou: “O que pode um corpo?”.

Estas são as palavras de ordem do trabalho colectivo SUB-REPTÍCIO (corpo clandestino), que no São Luiz assinala conjuntamente o Dia Mundial da Dança e o Dia da Liberdade, e que levam os seus criadores-intérpretes a transitar para uma sub-região (o sub-palco) e a expor uma ideia de dança: uma dança do corpo todo e de tudo o que o rodeia, que tudo absorve para existir, que tudo cruza e entrecruza, que não separa o corpo do espírito. Que nos diz respeito a todos e que é tu cá tu lá para todos porque todos temos corpo. E experiências com esse corpo: de espaço, de tempo, de liberdade.

Estas premissas levaram-nos à conclusão de que este deve ser um trabalho onde todos possam viver de igual forma a liberdade do seu próprio corpo. Assim, SUB-REPTÍCIO (corpo clandestino) é um convite ao corpo nu, onde usar roupa é opcional para o espectador.

Propomo-nos, e aos nossos espectadores, praticar a nudez e experimentar algo que raramente temos oportunidade de experimentar na nossa sociedade: a nudez sem corar, a nudez sem vergonha, a nudez sem constrangimento. Lançamo-nos um desafio: sentirmo-nos literalmente bem na nossa pele, na nossa pele toda, na pele que temos. Queremos despir (nem que seja por uma hora) uma sociedade que tudo cobre e tudo cobra. “Vergonhas” não são o nosso sexo ou qualquer outra parte do nosso corpo. As verdadeiras vergonhas são (fazer dinheiro com dinheiro e não com trabalho ou produção reais): a especulação financeira; a destruição do planeta e das diversas economias nacionais pela ganância global desenfreada; as empresas multinacionais e a finança globalizada governando o mundo, não sujeitas a sufrágio e substituindo-se aos governos democraticamente eleitos; as filosofias de grupos de pensamento económico tipo Bilderberg ou Sociedade Mont Pelerin, verdadeiros predadores mundiais; o pensamento e práticas de Milton Friedman, expoente destes grupos e ídolo do nosso Ministro das Finanças Vítor Gaspar; etc...

Esta será assim uma dança despida, desformatada, desautorizada, desautorizante, clandestina, estridente e talvez, por isso, possível.

Concepção, co-criação e interpretação: Ana Borralho & João Galante, Joclécio Azevedo, Rita Natálio e Vera Mantero
Co-criação e interpretação: António Júlio, António Pedro Lopes, Catarina Gonçalves, Cátia Leitão, Elizabete Francisca, Francisco Camacho, Gustavo Ciríaco e Tiago Gandra
Desenho de luz: Nuno Meira
Sonoplastia: Rui Dâmaso
Co-produção: O Rumo do Fumo e SLTM
Assistência a produção: Mónica Samões e Isabel Pinto Coelho
Agradecimentos: Espaço Alkantara, Bar MUV, Clube Naturista do Algarve, Clube Naturista do Centro, Editora Antígona, Rita Brás e Sociedade Portuguesa de Naturalogia

About Me

My photo
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Rio de Janeiro. I am a performing artist and art maker coming from dance. I love to dialogue with the historical, material and affective context we are immersed in any given situation. As art form, my work goes from multimedia stage conceptual work to convivial and open-air pieces. It strikes me the awareness and fictions arising from the sublime of daily situations, its materiality, the reference points that we cling to and build up our relation to reality and how meaning grows from this. contacts: gustavociriaco@gmail.com | marine@elclimamola.com

Blog Archive